O MCPAD® - MODELO INNOVATRIX PARA CAPTURA PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DESFECHOS CLÍNICOS, é um “modelo de referência” concebido para nortear transformações estratégicas em organizações de saúde, a partir da captura, processamento e analise rigorosas de DESFECHOS CLÍNICOS. Ao mesmo tempo, o modelo estabelece bases para certificação de organizações de saúde por meio de “terceiras partes” independentes (certificadoras acreditadas).
O modelo completo é especificado por dois documentos que se complementam e estão disponíveis para download neste site na aba "RECURSOS".
I- O MODELO MCPAD®™ COMO EIXO PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE COM BASE EM VALOR
Visão Geral do Modelo (V1.0)
Autores: Clemente Nobrega (INNOVATRIX); Allan Strougo (LEGOS/UERJ);Daniel B. Assad (LEGOS/UERJ); Thaís Spiegel (LEGOS/UERJ).
Autores: Allan Strougo (LEGOS/UERJ);Daniel B. Assad (LEGOS/UERJ); Thaís Spiegel (LEGOS/UERJ); Clemente Nobrega (INNOVATRIX).
Para atender a uma demanda imprescindível para a implantação da agenda de VBHC no Brasil: a existência de uma norma independente para certificar a conformidade das práticas que definem a agenda do valor em saúde.
Todas essas práticas têm a ver com captura de desfechos clínicos, e partem desses desfechos.
O MCPAD® define sua razão de existir a partir de um cenário em que os participantes do sistema de saúde privado se comportam da seguinte forma:
O modelo segue a definição do ICHOM - INTERNATIONAL CONSORTIUM FOR HEALTH OUTCOMES MEASUREMENTS que é a seguinte:
"DESFECHOS são resultados de tratamentos médicos com os quais os pacientes mais se preocupam. DESFECHOS não são 'outputs'; não são resultados de laboratório; não são detalhes técnicos. São resultados no mundo real, como a funcionalidade física da pessoa, ou nível de dor [...] Em sistemas de saúde em todo o mundo, os esforços de avaliação levam em consideração vários indicadores clínicos, métricas estruturais e até reputação - mas tendem a ignorar DESFECHOS”.
Exemplos:
- Quanto tempo após o tratamento um paciente com dor lombar pode esperar retornar ao trabalho?
- Qual a probabilidade de um homem sofrer incontinência ou disfunção sexual após o tratamento do câncer de próstata?
Essas são perguntas sobre DESFECHOS-temas ligados à qualidade de vida dos pacientes.
Nesta primeira vedrsão do MCPAD , e seguindo a filosofia do ICHOM, a ênfase é neste tipo de defecho-conhecido tecnicamente como desfechos PRO (Patient Reported Outcomes). Outras categorias de defechos serão incorporadas ao modelo em versões subsequentes.
O modelo foi desenvolvido a partir de pesquisas da INNOVATRIX DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL - empresa de consultoria e treinamento em inovação - em colaboração com o LEGOS - Laboratório de Engenharia e Gestão em Saúde vinculado ao Departamento de Engenharia de Produção da UERJ.
O fundador da INNOVATRIX - Clemente Nobrega - responsável pela pesquisa, é autor de mais de uma dezena de livros e centenas de artigos. Tem saber reconhecido (“notório saber”) atestado no Brasil e reconhecido fora. No Brasil, a singularidade de sua competência tem sido atestada em processos de dispensa de licitação (por inexigibilidade) devido à especificidade da metodologia que foi usada na construção do modelo (o método INNOVATRIX).
O LEGOS é coautor do conteúdo técnico do MCPAD® e responsável pelo conteúdo detalhado de suas PRÁTICAS, atuando ainda como parceiro da INNOVATRIX em projetos relacionados a acreditação de terceiras partes independentes para implementação de certificações MCPAD®.
A Versão 1 do modelo é referenciada a hospitais, mas sua estrutura geral é adaptável a qualquer organização que tenha interesse em parametrizar sua atuação por meio de desfechos clínicos.
Assim, operadoras e seguradoras podem usar o MCPAD® para identificar os prestadores que geram mais valor para os pacientes em suas redes, por meio da qualificação dos desfechos que produzem em cada condição médica.
Empresas de materiais e medicamentos podem demonstrar eficácia de seus produtos associando-os a desfechos produzidos por prestadores nas condições específicas em que são usados.
Empresas contratantes de planos de saúde podem usar o MCPAD® para qualificar os desfechos das redes que operadoras/seguradoras oferecem a seus funcionários.
Segundo o mesmo espírito, organizações do setor público- como OSs e fornecedores de materiais e medicamentos - podem usar o MCPAD® para orientar seus processos de orçamentação, demonstrando melhores desfechos com menos custos, para populações de usuários nas várias condições médicas que tratam.
É a noção de que a garantia de desfechos consistentes por parte de um prestador não depende apenas de precisão e acurácia em técnicas de captura, processamento e análise de desfechos clínicos, mas está vinculada a um processo de aprendizado e transformação organizacionais em vários níveis.
Uma organização que pretenda ser centrada no paciente, tem que ser centrada em desfechos . Ou seja, tem que ser gerenciada a partir dos resultados que realmente importam para os pacientes.
Essa será uma organização em que os desfechos (essencialmente, resultados reportados pelos próprios pacientes) é que norteiam sua forma de operar. Isso implica não apenas em mudança, mas em transformação progressiva da organização, pois, historicamente, as práticas da saúde não partem do usuário/paciente, mas de necessidades (mercadológicas, negociais) da própria organização.
Mesmo no setor público, alocação de verbas e prioridades, não partem de desfechos requeridos, mas do que é possível realizar com a capacidade existente em termos de infrestrutura e recursos financeiros.
Sim, é possível.
Alguns hospitais já capturam desfechos para condições médicas específicas, tendo estruturas internas dedicadas a isso (chamados VMO - Value Management Office).
Essas organizações podem usar subconjuntos de PRÁTICAS do MCPAD® para avaliar a adequação dos resultados que estão obtendo por meio de auditorias baseadas nas melhores práticas para legitimação quantitativa dos indicadores de desfechos que capturam (significância estatística).
Esse tipo de auditoria não gera certificação no sentido usual, mas um atestado/declaração emitido pela empresa certificadora (acreditada pela INNOVATRIX, ver adiante) que se refere apenas à avaliação da precisão e acurácia do processo de captura, processamento e análise de desfechos existente na organização naquele momento.
A certificação MCPAD® se dá em três níveis (3 selos diferentes) e leva em conta conformidade com as PRÁTICAS organizacionais definidas no modelo ,que incluem, mas não se limitam, a PRECISÃO & ACURÁCIA.
A primeira versão do MCPAD® especifica em detalhe 40 PRÁTICAS distribuídas em oito ÁREAS DE CAPACIDADE.
São essas PRÁTICAS que são avaliadas nos processos de certificação.
Uma avaliação completa para certificação produz classificações e observações para cada uma das 40 Práticas do MCPAD®.
Para ser certificado em um nível de capacidade, todas as Práticas para esse nível e níveis mais baixos devem estar satisfeitas.
A intenção do modelo é ser uma ferramenta para a institucionalização das transformações necessárias à consolidação da agenda de VBHC na organização.
Institucionalização é o processo de construção de infraestrutura e cultura que apoiam os métodos, práticas e procedimentos da organização, para que se tornem a maneira padrão de operar.
A intenção da institucionalização é realizar o trabalho de maneira consistente e replicável, para que as expectativas dos gestores, colaboradores, clientes e outras partes interessadas podem ser atendidas.
Várias das 40 PRÁTICAS da versão 1 são diretamente relacionadas à institucionalização.
A presente versão do modelo é a primeira de uma série que vai incorporar estágios progressivamente mais exigentes de demandas, principalmente quanto ao tratamento quantitativo dos desfechos capturados pelas organizações de saúde; ou seja, principalmente quanto ao rigor estatístico do tratamento dos desfechos capturados. A garantia da significância estatística do que se está reportando é central no modelo.
Esta primeira versão do MCPAD® não estabelece demandas sobre modelos matemáticos e abordagens quantitativas específicas, limitando-se a identificar atividades genéricas que devem estar sendo realizadas para que se obtenha um grau mínimo de certificação.
Por exemplo: é mandatório na versão atual que a organização tenha práticas para ajuste de risco de desfechos aferidos, mas não se especifica qual técnica, modelo ou abordagem deve ser usado para isso.
Esta demanda aparecerá em versões posteriores do modelo.
A razão pela qual optou-se por uma abordagem sequencial assim, é o próprio espírito da modelo que enfatiza a necessidade das atividades de captura, processamento e análise dos desfechos clínicos, serem parte de uma concepção gerencial integrada, cujo eixo central são os desfechos, mas que terá implicações transformadoras em todas as “áreas de capacidade” da organização.
No estágio de maturidade em que as organizações de saúde estão no início de 2020 (mesmo as mais vanguardistas), não faria sentido estipular critérios específicos para rigor matemático no domínio da Prática “Precisão &Acurácia”, em detrimento de outros aspectos gerenciais que são objeto das demais áreas de capacidade.
É importante que a organização evolua, amadureça e seja certificada como sistema organizacional, não apenas como especialista em processamento quantitativo de aferições de desfechos.
Certificadoras independentes, acreditadas pela INNOVATRIX, são as responsáveis pela emissão de certificações MCPAD® para empresas de saúde.
Não.
As normas de governança que regem a atuação da INNOVATRIX como detentora dos direitos do modelo impedem este tipo de consultoria.
As certificadoras acreditadas pela INNOVATRIX para certificar a organização no uso do modelo também estão impedidas contratualmente de oferecer consultoria.
A INNOVATRIX entende que essa prática configuraria conflito de interesses danoso à credibilidade da proposta do MCPAD®.
Clemente Nobrega faz palestras e conduz workshops sobre os fundamentos conceituais do modelo, mas nem ele nem a INNOVATRIX ou seus parceiros prestam consultoria para preparação de empresas para certificação.
O que fazem é conduzir treinamentos para organizações e consultores independentes que desejam aprofundar seus conhecimento sobre o MCPAD.
Para o primeiro nível de certificação será necessário formação superior e experiência em certificação de sistemas de gestão (ISO 9001). Para os níveis 2 e 3 de certificação será necessário que o auditor líder tenha formação e experiência na área médica (superior ou técnica; não necessariamente em medicina), pois será imprescindível um diálogo qualificado com as áreas assistenciais das organizações que serão auditadas.
O perfil ideal para um auditor líder é o de profissional médico “com espírito ISO 9001”.
Versões subsequentes do PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO MCPAD® explicitarão esta exigência.
A certificação nível 1 será por CAPACIDADE gerencial a partir das PRATICAS correspondentes (ver documentos 1 e 2 na aba RECURSOS), segundo o espírito do MCPAD®. Recordando o que está explicitado nos documentos correspondentes, CAPACIDADE sustentável em captura, processamento e análise de desfechos clínicos pede comprometimentos gerenciais adequados. São esses comprometimentos que serão objeto principal da certificação nível 1.
Níveis de certificação 2 e 3 exigirão auditorias de CAPACIDADE (= maturidade+competência) também nas CONDIÇÕES MÉDICAS que a organização optar por certificar, adicionalmente à conformidade com PRÁTICAS gerenciais não específicas.
As PRÁTICAS para CONDIÇÕES MÉDICAS específicas serão incorporadas em versões posteriores do MCPAD®.
Importante salientar que as certificações MCPAD® são sempre por unidades operacionais especificas de cada organização (não para a organização como um todo), pois é possível que unidades operacionais diferentes desejem abordar diferentes condições médicas.
Todas as informações estão na planilha AQUI
(PS.: não estão incluídos preços de treinamentos para formação de auditores líderes MCPAD®)